Alguns motoristas instalam dispositivos eletrônicos ilegais (chamados de emulador, “chip paraguaio” etc.) para enganar o sistema OBD (On-Board Diagnostics), responsável pelo monitoramento de uma série de condições operacionais do veículo e pelo diagnóstico de falhas e. O OBD detecta a presença e a utilização do aditivo, bem como a emissão de NOx, entre outras funções que executa. Ao se utilizar esses dispositivos, o OBD entende que o ARLA 32 está sendo utilizado, quando, na verdade, não é isso que ocorre. Esse tipo de truque, proibido e qualificado pelo CONAMA como “item de ação indesejável”, traz riscos de dano ao veículo que, imediatamente, passa a produzir uma emissão de NOx consideravelmente maior colocando o veículo em situação de desconformidade com a legislação. Esse aumento pode ser da ordem de 400% ou mais, resultando em emissão equivalente à dos veículos diesel comercializados no país na década de 1990. Essa prática é configurada como crime ambiental e pode gerar multa de até R$ 10 mil.
Outra forma de burla igualmente proibida é a utilização de ARLA 32 diluído e de produtos piratas, impróprios para substituir o ARLA 32. Diversos casos de entupimento do catalisador SCR já foram registrados devido o uso de produtos piratas, o que resultou em perda de garantia do produto e reposição do SCR por conta do proprietário do veículo. Como o ARLA 32 é injetado diretamente no sistema de escapamento, após a combustão do diesel, qualquer impureza irá diretamente para o catalisador SCR, que é muito sensível a contaminantes e pode ser danificado de forma irreversível, causando um prejuízo de mais de 20 mil reais ao motorista. Outras partes como bombas e bicos injetores, podem ser afetadas por produtos fora de especificação. Desta forma, o motorista terá danos irreparáveis em seu veículo, e um alto custo para trocar as peças prejudicadas. A burla no uso do ARLA 32, além de ser um crime ambiental, gera multas, pontos na carteira de motorista, apreensão do veículo e até cadeia. Essa prática é um tremendo retrocesso nos esforços de combate à poluição do ar e mitigação de gases de efeito estufa, e pode resultar em custos elevados de reposição de componentes para o proprietário do veículo.